Quando vi pela primeira vez o Malmequer, pensei que tinha descoberto uma autêntica pérola. O tempo veio provar que eu tinha razão no meu primeiro julgamento: por lá podemos encontrar um pouco de tudo, desde reviews de maquilhagem a roupa, partilhas de gostos pessoais, receitas, lifestyle, sugestões nas mais variadas áreas, como cinema e restauração... Isto aliado a uma qualidade fotográfica irrepreensível (quem me dera), a uma boa escrita e a um design simples mas muito bonito. Um estilo muito próprio, portanto.
A Mafalda acedeu rapidamente ao meu convite para esta entrevista e devo dizer que gostei muito das respostas dela.
Mais abaixo, perceberão porquê...
Perguntas individuais
HIMA - O teu estilo lembra muito a Alexa Chung. Inspiras-te
nela ou têm apenas gostos comuns?
Mafalda - A Alexa é, sem dúvida, uma grande
inspiração para mim. Apesar de não ser o meu ideal de mulher fisicamente –
acho-a extremamente magra – tem um estilo com o qual me identifico muito e que
vai muito de acordo com os meus gostos. É impossível não me inspirar nela!
Já não és
propriamente novata no mundo dos blogues. O que achas da evolução da
“blogosfera” nos últimos anos?
Actualmente, acho que está um
pouco mais friendly. Há uns meses atrás (talvez no último ano), a competição
era demasiada e havia uma certa rivalidade entre blogues – que sempre me fez um
pouco de confusão. Acho que, hoje em dia, os blogues estão mais “crescidos”, com uma
melhor evolução e com bastante qualidade. É certo que os blogues que sigo são
todos dentro da mesma temática (beleza, moda, lifestyle...) e acabam por ser
muito semelhantes entre si – o que não me desmotiva, de todo. Mas fico, de
algum modo, feliz por ver que estamos todos a evoluir no bom sentido e que já
se escreve com muita qualidade na blogosfera portuguesa.
O teu gosto
pela fotografia e o teu talento para tal estão patentes no Malmequer. Trabalhas nessa área? Se não, gostarias de o fazer? O
que te despertou a atenção para esta arte?
Infelizmente não trabalho na
área mas era, sem dúvida, algo que gostaria de fazer e que sei que, eventualmente,
ainda se irá cruzar no meu caminho. É daquelas paixões em que luto para ser melhor
e que faço para que um dia consiga ter sucesso. Como surgiu este amor, nem eu
sei... Sei que começou com uma máquina lomográfica, uma fisheye, oferecida há
uns anos pelo meu namorado da altura. E a partir daí, nunca mais parei –
felizmente.
Fala-se
bastante de comida no Malmequer.
Gostas de cozinhar? Se só pudesses comer pratos típicos de um país, qual
escolherias?
Gosto imenso de cozinhar, sim. Até
há bem pouco tempo apregoava que a Bimby era uma máquina para preguiçosos e
que quem gosta mesmo de cozinhar, não lhe daria utilidade. Agora já penso de
forma diferente, mas continuo a gostar de “pôr as mãos na massa”. Se tivesse
que escolher... É complicado. Vivi em Itália durante um tempo e rendi-me à
verdadeira comida italiana mas adoro comida mexicana e libanesa. Ser-me-ia
muito difícil escolher até porque também não dispenso a boa comida portuguesa!
Como surgiu
o teu mais recente projecto, a Maria Cenoura?
A Maria Cenoura não é bem um
projecto meu, é mais da minha família. A minha mãe sempre teve uma grande
paixão pelos louvores e, aliado aos cortes que houve na empresa onde ela
trabalhava, resolveu juntar a paixão pelo hobbie ao trabalho do dia-a-dia. Foi
quase como tornar físico um projecto que existia há muito, embora fosse sempre
sem nome.
Consideras-te
impulsiva na hora de comprar ou ponderas muito bem antes de investir em alguma
peça? Qual o tipo de objecto em que és capaz de gastar mais dinheiro?
Neste momento já sou muito mais
ponderada. O facto de ter feito o Projecto Pé-de-Meia veio abrir-me os olhos
nesse sentido. Já dificilmente compro por impulso e valorizo mais o dinheiro
que ganho ao final do mês, sem comprar só porque acho giro ou porque não tenho
naquela cor. Acho que é muito mais compensador quando lutamos por determinada
peça e quando há todo aquele namoro que nos faz sentir mesmo bem quando
compramos algo. Gastar mais dinheiro, sem dúvida, será em malas e sapatos. São
duas coisas que, quando são de boa qualidade, valem o dinheiro que lhes é
empregue e são capazes de durar uma vida!
Para ti, até
que ponto é que se pode partilhar a vida pessoal num blogue?
No meu caso, não gosto de me
expor demasiado. Entendo que haja quem o faça e quem partilhe bastante da vida
pessoal e não o condeno. Não me importo de partilhar o dia-a-dia e pôr uma ou
outra foto minha, esporadicamente. No entanto, não acho que seja esse o focus
do meu blog e não quero, de todo, que seja um diário aberto.
Gostarias de
viver noutra cidade que não fosse Lisboa?
Bem, eu não vivo mesmo em Lisboa,
mas sim, via-me a viver noutra cidade. Adoro Lisboa e sei que, viva onde viver,
irei sempre voltar aqui. Mas adaptava-me facilmente a outra cidade – desde que
fosse cosmopolita e caótica, que não fui feita para viver no campo e na
calmaria.
Como é que a
maquilhagem passou a ser um gosto para ti?
Desde cedo que comecei a ter
algum interesse por maquilhagem. Fui bailarina durante muitos anos, começando
aos 7 no mundo da dança e sempre gostei daquela fase antes de entrar em palco,
onde era maquilhada e penteada... Sempre achei que tudo aquilo tinha algum
fascínio. Com o crescimento comecei a procurar mais e a ler mais sobre o
assunto e é, sem dúvida, um mundo que tem imenso para explorar e para conhecer.
Consegues
resumir os seis anos do Malmequer numa
palavra?
É complicado mas acho que,
resumindo numa palavra, terá mesmo que ser “crescimento”. O Malmequer começou
por ser um blogue de... Bem, nem sei bem o quê... E evoluiu, cresceu num óptimo
sentido e tomou um rumo com o qual me identifico mesmo. Foram, sem dúvida
alguma, 6 anos de crescimento! E que venham outros tantos!
Perguntas gerais
Se tivesses
de escolher apenas três marcas para viver para o resto da tua vida (moda e
beleza), quais seriam?
Zara,
Chanel e La Roche Posay (empatado com a Caudalíe).
De que forma
é que o nome do teu blogue diz alguma coisa sobre ti?
O nome "Malmequer" surgiu há muitos
anos atrás e pegou sem que houvesse um grande significado. Mas o facto de serem
flores que dão o ano todo, que crescem e se adaptam facilmente, tem um pouco a
ver comigo, sem dúvida. E claro, são flores alegres e com vida!
Se pudesses
viver apenas do blogue e tivesses de abdicar de uma carreira profissional na
tua área, fá-lo-ias?
Talvez. Neste momento estou a
apostar na formação na área do webdesign e acredito que até conseguiria
conciliar as duas coisas. Mas acho que, actualmente, não é uma realidade que
seja possível em Portugal, como é noutros países.
Obrigada Mafalda, pela simpatia, pela disponibilidade e pelo conteúdo! Foi, sem dúvida, uma grande entrevista.
Quem será a convidada da próxima semana?
Gostei do contraste Zara e Charnel, mas que apesar de tudo é muito válido! Parabéns pelo blog ;) Beijinho, sucesso*
ResponderEliminarLe Trendy Charm BLOG
Le Trendy Charm FACEBOOK
A vida é assim, feita de bons contrastes...
EliminarObrigada :) *